domingo, abril 17, 2005

Um jardim de paz neste dia de sol eterno

Desfiz-me de todos os meus inimigos, apaguei o ódio e a desilusão e lentamente caminhei, sem olhar para trás.
Não te direi que é eterno, não te direi que durará até ao final destas palavras, mas fecho os olhos e sei que tu percebes a minha sinceridade.
Respiro e deixo sair tudo que de fútil nunca deveria ter entrado, sinto a esperança que nunca devia ter sido em mim depositada e continuo a caminhar.
Sorrio a um desconhecido, passo a mão no rosto de uma criança que chora desalmadamente, procuro o melhor caminho para a serenidade mas a meio apetece-me gritar.
O sol abrasador queima o que ainda resta de mim, deito-me no meio da rua e sorrio, serenamente.
Sei que fiz tudo bem, sei que fui eu.
Hoje morri.