quinta-feira, agosto 18, 2005

Estaremos sempre sozinhos

Qual será a melhor maneira de desaparecer? Não quero nunca mais escrever exclusivamente para públicos. Já dei tudo de mim em vão. Já morri hoje, ontem e amanha. Sei-o. Poderia ter mil amigos mas a verdade é que estarei sempre sozinho. Se choro, é porque morro com felicidade. Se choro, ja deveria ter chorado á um longo tempo atrás. Contigo. Chorarei sempre contigo.
As almas gemêas nunca morrem, pois não? Então, eu vivo...

...

Serei sempre eu.
De tudo aquilo que me acusas apenas posso negar aquilo que não dizes, não adianta esconder aquilo que a razão ordena, a vida resume-se aquilo que tu me dizes e eu contraponho.
Over and over again tentas mostrar-me o caminho, mas se toda a gente me dá a mesma direcção como poderei eu saber verdadeiramente se não ando em vão? Os sorrisos surgirão quando chegar ao fim?
Sim, no fim poderás fazer o meu julgamento, aí deixo ao teu critério, inunda-me com as culpas que eu mereço, mostra-me os meus erros e eu demonstrar-te-ei aquilo que não viste, a prova de que tudo teve um sentido, a fé inabalável de que aquilo que não tocamos será o nosso destino, que o movimento dos teus olhos encontrarão sempre os meus implorando para que me toques. A razão desprende-se de mim e como conseguirei eu explicar que necessito dela mais do que nunca?

Este é o último post que escrevo neste blog, acabo da melhor maneira porque sei que os últimos versos têm um sentido.

Sometimes it's fated
(We) Disintegrated it
For fear of growing old
Sometimes it's fated
(We) Assassinated it
For fear of growing old

Hang on
Though we try
It's gone
Hang on
Though we try
It's gone

domingo, agosto 14, 2005

Ensaio sobre a estupidez

Acho que já está na altura de me ajoelhar, abrir os braços, erguer a cabeça e aceitar a cruz. Acho que, finalmente, não tenho mais forças para aguentar. Tento fechar os olhos com tanta força para que quando os abrir não te ver mais...mas já me doem os olhos...e o olhar.
Rendo-me. Deixo-me dominar. Não percebo as loucuras, nem sequer as incoerências. Não percebo porque é que me acusas de coisas que eu nem sequer percebo que não as fiz.
Para quê tentar afastar aquilo que me rodeia todos os dias? Afinal, se todos são iguais, é justo pensar que ser igual é ser normal. É justo pensar que existe maldade em todas as pessoas...é justo, não é correcto.
Mas, acho que irei aguentar mais um dia sem te deixar entrar. Vou trancar a minha porta e esconder me no canto mais recôndito da minha mente...para que tu não me vejas...não quero ser igual aos outros...percebes, estupidez? Deixa-me fantasiar as coisas mais loucas que esta mente pode imaginar...depois entra por mim...e aí, eu serei somente mais um. Não terei qualquer discernimento inter-relacional e pensarei somente em mim...prometo...dá me só mais um dia, para sempre.

segunda-feira, agosto 01, 2005

Vidas planeadas=Sentenças desmesuradas

Traços……rumos……planos……datas……objectivos…..sem qualquer ordem de preferência…
"Já deixaste de pensar por um momento? Já conseguiste, alguma vez, ser nada? Já sentiste, por algum instante, que a tua vida estava a seguir linhas que não tinhas traçado? Difícil, não?
Anseia-se para que chegue o amanhecer, para que se sinta que começa ali um novo dia…apenas mais um, em que tudo em ti está programado, apenas mais um dia em que todo o teu corpo e a tua alma (se assim lhe quiseres chamar!!) já só reclamam a rotina que lhe impuseste, a monotonia dos teus passos e dos teus actos.
Projectas então, para o futuro, aquilo que te marcou no passado e aquilo que não queres que volte a acontecer….para quê?
A vida é uma reviravolta, uma corrente que te leva sempre para o lado oposto daquele que desejas, onde te deparas com situações tão intensas que te podem unir a pessoas, a lugares, a objectos, de forma irremediável e completamente espontânea, surgida do “nada” em que, por segundos, te transformaste.
É aí, que esqueces tudo o que alguma vez planeaste, as consequências que poderão advir, a forma estipulada das tuas acções. Já não tens controlo nem sobre ti nem sobre nada, mas já não te sentes sozinho/a, abandonado/a, apenas permaneces ileso/a à espera da sentença mais doce alguma vez existente: a vida a envolver-te, por inteiro, sem que nada lhe escape, até ao mais pequeno sentido….até á perfeita, ou quase perfeita, expressão…"

…Se no entanto esta envolvência me levar de novo àquele ponto obtuso de partida, eu não vou fantasiar mais com varinhas de condão, nem mesmo com belas fadas que me acarinham o rosto e aquela alma que nunca quis ter entre esses parênteses redondos, tão hospitaleiros quanto tu… E como disse uma vez Alain, “no mundo apenas devemos recear o homem que se aborrece…”. E eu ainda nem sequer me diverti exclusivamente sóbrio. Ainda nem sequer voei com os meus olhos pregados nas nuvens…
Se o planeamento é tédio, a espontaneidade é morte, porque o plano mais astuto que alguma vez foi inventado foi o bombear do coração…não queiram que o coração espontaneamente fuja ao tédio…ao planeamento…

sábado, julho 30, 2005

Vida

Perdi o meu cinto de segurança, a partir de hoje rendo-me à sorte, ao destino que há de vir, se a partir de hoje alguém me quiser prender, eu já não digo que não.

O rasganço está de volta.

Breeders, 'cause i'm only here for reproduction, so that my coded information is passed on and on and on, and i can have a glimpse at immortality...

O traje.

A praxe.

O desejo

A rapariga mais triste que já teve um cigarro nas mãos.

As escolhas.

A perfeição... mas só para aquela pessoa...

A partir de hoje ando sempre de elevador.

(sei que ninguém vai perceber este post, mas quem eu quero que perceba já o leu, mesmo antes de ele sair da minha cabeça)

Porque as noites contigo nunca acabam.

terça-feira, julho 26, 2005

Juro por Deus...que sou ateu

Eu não me acredito, que não acredito em nada. Eu podia acreditar nas palavras que tu dizes mas elas não me servem de consolo. Eu poderia acreditar nos teus olhares, mas os teus olhos vêem tanta coisa para alêm de mim. Se eu te pedisse encarecidamente para te fixares em mim, será que o farias? Eu não acredito...
E a louca sensualidade, desenhada por lábios rasgados e beijos molhados deixa me eróticamente fora de mim...E a pura ingenuidade de acreditar em ti seria como me espetar uma faca. Eu não acredito...que fico acordado noites a fio á espera do teu acordar. Eu não acredito que a paixão possa escrever, por isso nunca serei escritor. Deixo isso para os românticos que se apaixonam por amanheceres violetas e entardeceres alaranjados. Deixo isso para ti...que adoras pintar céus negros da cor aguada dos teus olhos.
Não te percas em mim, porque perdido já eu estou...esta cabeça flutua sem saber onde parar...
Quero pensar em algo que nunca tive...reformular lugares onde já estive...e segurar a tua mão, como uma pena que aponta os suspiros do coração.

segunda-feira, julho 25, 2005

Somos nós, a tua força, a tua voz...

NINGUÉM
NINGUÉM
É MELHOR QUE TODO O MUNDO
NINGUÉM
NINGUÉM
É MAIS FORTE QUE O PORTO
NINGUÉM
NINGUÉM


Superliga 2005/2006... Taça de Portugal 2005/2006... Champions League 2005/2006...

Queremos estas vitórias, conquista-as por nós...

«Com a força do dragão, Com a alma desta paixão, Vais lutar, Vais vencer, Vais ganhar, Vais fazer, Deste porto campeão. A bandeira está no ar, E o azul irá ganhar, Vais lutar, Vais vencer, Vais ganhar, Vais fazer, Deste porto campeão»

sexta-feira, julho 22, 2005

Os erroneos corações esculpidos com um cinzel de areia

Tenho a mente perfeita num corpo inválido. Ou se preferirem, ao contrário mesmo. Afinal, não é preciso procurar tanto para encontrar a perfeição. Ela está sempre ao nosso alcance e o que é que nós, ignorantes, fazemos? Tapamos o sol com peneiras. Escondemo-nos atrás de barricadas emocionais.
Queria cair no espaço e ficar para sempre sozinho, porque eu não mereço companhia e não mereço essas tuas lágrimas. Nunca quis homenagens, nem nunca irei querer abraços com braços de pedra. Quero cair num solo de terra batida, sentir os joelhos a esfolarem, com um sol abrasador. Quero suar e enfraquecer. Quero que passem por mim sem me tocar. Eu não te quero! Mas tu tambem nunca estás aqui.
Eu sorrio...para quê?

quinta-feira, julho 14, 2005

Sinto me um teenager a rebentar sabedoria

Efectivamente Einstein resumiu todo o cosmos, bastando-lhe para isso somente três palavras: Teoria da Relatividade. Mas, apesar de o ter resumido, essa teoria, na minha óptica, é numa grande parte, redutora.
A partir de Einstein nada mais foi encarado da msm forma. Distâncias, lugares, idades, gostos, opções, paixões...tudo...mas mesmo tudo é, hoje em dia, considerado relativo. Logo as paixões que arrebatam corações...isso não é relativo, é absoluto. E as distâncias que podem matar...saber-se que se está a milhares de quilometros daquela pessoa por quem as saudades apertam é sufocante...Chamam a isto relativo? Dizer que o planeta terra é enorme, é relativo, porque existem planetas, galáxias, universos descumunalmente maiores.
O tempo , o espaço, a lógica, a racionalidade, os cinco sentidos vitais...tudo, até ao mais infimo promenor se alterou. Para mim, hoje em dia, vive-se num mundo de incertezas. Ninguêm quer ter certezas porque ninguêm quer ter responsabilidades. Quanto a mim, essa teoria tão bem proposta por Albert Einstein, foi mal interpretada por investigadores e cientistas e serve, agora como meio para justificar ou para complicar o que existe.
Vivemos num mundo em que reina a Teoria da Redutividade. Mas isto são só viagens mentais. É só mais um serão com uma caneta na mão. A adolescencia tem destas coisas...

domingo, julho 10, 2005

Comunicado

No dia 10 de Julho de 1985 o navio Rainbow Warrior, da Greenpeace, é afundado no porto de Auckland, Nova Zelândia, na sequência do rebentamento de uma bomba colocada por agentes das autoridades francesas. O fotógrafo português Fernando Pereira morre na explosão...
O que é que isto tem a ver com os breeders?
Pois é, rigorosamente nada.
Mas tenho que confessar que sempre quis começar um post com uma referência histórica estúpida... acho que consegui.
Pois bem, posto isto, visitantes deste blog, curiosos que aqui passam de vez em quando, companheiros da blogosfera, companheiros da fotoblogosfera (se fosse fotoesfera era estranho porque esse é o nome que com que se designa a superfície do sol), habituais comentadores dos nossos posts, habituais anónimos que teimam em aparecer, povo do norte do país, em particular os portugueses, e toda a gente que está a ler isto, é com a maior honra e respeito que anuncio que não tenho nada a dizer.
Obrigado.

sábado, julho 09, 2005

As mão que me escondem a cara

Trata me por tu...e esquece o meu nome. Desidrata os teus pensamentos para puderes inflacionar sobre aqueles momentos da mais pura ingenuidade sentida. Mas, nós de ingenuos não temos nada, a não ser o facto de pensarmos isso mesmo um do outro, que somos ingenuos. Somos tristes loucos que conseguimos falar por olhares. Meus Deus, a telepatia morreu quando alguêm mais estúpido do que nós decidiu dedicar-lhe uma ode. Vamos fazer de conta que não existe nada...
Ser razoável é nada. E o nada só existe na mente do intra-anarquista.
Ser completo é ter tudo adquirido do nada. É nadar na miséria da riqueza cultural que faz doer. É viver outras vidas quando não se quer nada com a nossa. Ser completo é amar sofrer pelos outros e sofrer a amar por nós próprios. É ponderar suspiros condicionados, porque ambos sabemos que os nossos mundos estarão sempre em rota de colisão apesar do aparente e magnifico estado de confusão. É saber que se podia ter, mas não ceder. É partir todos os ossos por dentro só para que no fim do dia a infelicidade bata á porta...
Porque não deixamos a dor fugir? Porque é que gostamos de carregar pesos nos nossos ombros?
Ser humano é detestar felicidade. Admitamos...

sábado, junho 25, 2005

Licenciatura em Geografia


(apetece-me gritar até rebentar as artérias)

sábado, junho 18, 2005

Ignoto deo

O teu corpo fez uma promessa, quer queiras, quer não.
O teu corpo prometeu viver, o teu corpo não é mais do que uma obrigação que te acompanha.
Mas tu tens o poder, tu decides o teu rumo, tu tens a dádiva de escolher, ao longo do teu percurso lembra-te dos cinco sentimentos que te acompanham.

Culpa.
Ódio.
Vergonha.
Vingança.
Amor.

Não te peço para viver, não precisas, está inerente a ti, hoje peço-te só para sonhares. Sonha muito porque os sonhos és tu que os desenhas, sonha e sorri com os olhos fechados.
Nada é perfeito.

A imaginação cria,
o sonho realiza,
a vida destrói.

quinta-feira, junho 16, 2005

Dedicado ao meu amigo Tó

sábado, junho 11, 2005

Doses de dor servidas ás fatias em pratos de cristal

"...Cada artista é mundano á sua maneira. Cada louco é coerente no seu pensamento.
Não sinto os meus sentimentos. Hoje estou apático. Nem mesmo os maiores elogios poderiam me levar daqui para onde eu pertenço. Nem mesmo a tua cara. Estou sozinho..."
...
"...Saber que lês isto de uma forma maquinal e automática como quem lê as noticias de um jornal, entristece-me. Podes não saber, mas cada uma destas palavras foram pensadas ao promenor, tal como a arte o deve ser. Não vale a pena escrever só por escrever. Aprendi isso da pior maneira. Agora, escrevo para que um dia me batam no ombro e digam:"adoro a forma como escreves simbólicamente". A partir desse dia nunca mais escreveria. Nesse dia sabia que tinha tocado alguêm. Nesse dia choraria poesia, tocaria harmonia e sangraria alegria.
Mas esse dia nunca chega. Talvez amanhã..."
...
"...O arrependimento surge como uma forma de negação e frustração de actos cometidos no passado. A vergonha, a culpa, o desespero,etc. são sentimentos comuns ao arrependimento. É raro o individuo que expressa o seu arrependimento. Este último, geralmente consome as pessoas por dentro. Portanto, não te arrependas de arrepender e de o dizer. Todos cometemos erros..."
...

"This is my last serenade,
feel you so far away.
This is my last serenade,
from yourself you can´t run away..."

sexta-feira, junho 03, 2005

Procura-se

Jovem, se és dinâmico(a), tens a mente aberta a novas realidades, mais de 18 anos, pelo menos uma cadeira feita (ok, a partir de 6 já se aceita) no curso de Geografia do Porto, e queres participar num projecto completamente inovador, algo nunca visto na blogosfera, etc etc etc

Bem, o que eu quero dizer com esta conversa toda é que pretendo fundar um blog para o pessoal de geografia comunicar entre si. Queria pessoas de diferentes anos para a partilha ser maior, o número é ilimitado e quem quiser participar basta deixar um comentário neste post.

Obrigado e bom fim de semana.

PS: Também estão para breve umas transformações no vosso blog preferido. (não sei se perceberam mas estava a referir-me a este!)

quarta-feira, junho 01, 2005

5 pensamentos que mudaram o mundo

Jesus Cristo disse: Deus é tudo.
Platão disse: O saber é tudo.
Freud disse: O sexo é tudo.
Marx disse: O trabalho é tudo.

Os breeders dizem: Tudo é relativo!

O vazio e a cumplicidade

Queria inventar uma nova forma de arte. Queria expressar-me de outra forma diferente. Sinto-a na minha cabeça, mas não sei o que é. Não sei se é uma mescla de todas as artes actuais ou se é algo completamente novo. Não pretendo aperfeiçoar uma arte existente porque sei que não consigo. Num momento, sinto rasgos de lucidez inventiva que me trespassam a mente.No momento seguinte sinto um vazio enorme que me absorve.
É deste vazio que falo. Da total falta de controle sobre a minha imaginação. É algo completamente selvático. É indomesticável. E ás vezes sei que nunca irei conseguir inventar nada. Que irei ser, para sempre, completamente vulgar. Isso entristece-me visceralmente. É nesses momentos que o meu cérebro pára. É nesses momentos que me sinto fraco. É nesses momentos que me dou e não sinto dor. São esses momentos que me fazem querer recuperar os espaços em branco na minha mente. Se ao menos não sonhasse, não sofria.
Estou a arder. E é aqui que a cumplicidade toma o seu lugar. Quando eu me apercebo que sou completamente vulgar, tu confortas me. Sabes que nunca serei mais do que aquilo que sou, mas mesmo assim os teus olhos transferem esperança para os meus. Se eu te agradecesse, a magia perder-se-ia.
Passo horas a pensar naquilo que já fiz e naquilo que não quero fazer. Sou despropositado. O meu timming é desniveladamente irónico.

O vazio e a cumplicidade. Entrelaçam-se em lençois de seda vermelhos, manchados de lágrimas.


"But I don´t want to live like my mother,
I don´t want to let fear rule my life.
And I don´t want to live like my #$%$%&,
I don´t want to give up before I die"

terça-feira, maio 24, 2005

Incontestáveis aniquilações

Estou completamente descordenado comigo mesmo. Só escrevo quando tenho sono. Quando paro de escrever, já não consigo adormecer. Quero que me dêem as respostas cabais para as minhas perguntas banais: a que sabe a agua?; a que cheira o ar?; a que soa o silêncio?;quanto custa a inspiração?;quanto dura a respiração?

Estou incompletamente coordenado comigo mesmo. Só escrevo quando estou desperto. Quando começo a escrever, já não vejo o amanhecer. Quero que me façam as perguntas cabais para as minhas respostas banais: a vida; ao teu cheiro ; a dor; a eterna solidão; tanto...que não paro de respirar.


Há momentos na vida em que finalmente as peças se juntam e se encontram as respostas para o que outrora parecia perdido.

"Careless whispers drifting by the ears,
trust in no one, silence broken by careless whispers
You've got a lot to say, but I'm not listening,
and I've got a lot to say, that your ears are not hearing"

sábado, maio 21, 2005

o princípio é o fim é o princípio

parecem sonhos, as viagens da substância esbatendo parede em parede, amando cada canto da alma, susurrando. em todos estes sonhos, luzes de mil cores e sabores ardentes esvaziam o poder criativo, decadente e moribundo, acaba em pesadelo, tudo a preto e branco. amor sentido em tão profundas carícias e formas tão diferentes, tão iguais, sente-se a força bem mais perto, sufucando e travando palavras mais ou menos banais, como o fumo ou oxigénio, como o som das vocais. aromas que perduram, mesmo que perdidos, profundamente superficiais, agora tenho medo que tudo acabe ou que não recorde e sejam vulgares, sem livre arbítrio, sem vontade. concordo em acabar, começar o que iniciamos, tão unidos para morrer.

sexta-feira, maio 20, 2005

Amor e alquimia a 180km/h

Não era a primeira vez que o faziam, ultimamente até era habitual, de tal modo que à distância parecia uma noite como qualquer outra qualquer, rasgada pelas nuvens cinzentas, carregadas de água, que insistentemente ameaçavam desabar por cima das pessoas que àquela hora circulavam naquela estrada.
Mas naquela noite ela notou algo diferente nele, estava calmo e sereno acima de tudo, como se já tivesse tomado uma decisão e nada o fosse impedir de concretizar as suas ambições. A inquietação e o nervosismo haviam desaparecido e, com a calma que ele a tinha ido buscar à porta de casa, parecia mesmo que já nada nem ninguém os incomodava, e tudo seria diferente a partir daquela data.
Nem uma palavra dissera até aí, também não era preciso, quando estavam juntos as palavras eram meros acessórios que acompanhavam os corações, numa maratona que para eles sabia sempre a pouco, a muito pouco. Em noites como esta eles nem culpavam os deuses pelas partidas que lhes haviam pregado, pelos caminhos divergentes que os fizeram seguir até ali, não, em noites como esta eles preocupavam-se em saborear única e exclusivamente o pedaço de céu que Deus depôs na carne, perdiam-se nos abraços e nas promessas que teimavam em não se concretizar porque a vida, já se sabe, é madrasta e nem sempre sorri aqueles que amam.
Ele conduzia talvez depressa demais, como se tentasse inverter o ciclo da vida e a velocidade excessiva os levasse para trás, para o momento em que se haviam separado e tomado direcções opostas, já não sabem, nem interessa, muito bem porquê.
Subitamente baixou o som da música que tocava e perguntou-lhe:
- Ficas comigo para sempre?
Ela sorriu, olhou à volta e reparou nas árvores, nos rios, nas casas, como tudo passava tão depressa...
Olhou novamente para ele e de repente começou a chover torrencialmente, inundando a estrada de uma camada espessa de água.
Tocou-lhe levemente no rosto e disse:
- Conheces algum atalho para a felicidade?
Olharam fixamente nos olhos um do outro, deram a mão e ele acelerou ainda mais...

segunda-feira, maio 16, 2005

Não sou mais do que uma linha no teu livro

Já vai há tanto tempo que jurei,que já me esqueci...do que é jurar. Sabem como escrevo tudo aquilo que eu escrevo? Penso nos heróis que eu já matei e pergunto-lhes se eles seriam capazes de pensar no que eu penso e dizer aquilo que eu digo. Se sim, então deixo de lado, se não, ponho todo o meu esforço poético (se alguma vez o tiver, já sei que serei o último a saber) naquilo que os meus defuntos heróis nunca seriam capazes de escrever e escrevo eu mesmo.
Existe algo mais dentro de mim, que se olhares bem para os meus olhos és capaz de ver. Talvez uma calma imcompreensivel mas tão bela que nunca mais afastarás o teu olhar do meu. E talvez se ouvires bem a minha voz encontrarás nela a melodia que sempre desejaste descobrir, mesmo que esta pareça arranhada e suja, tu sabes que esta é a única voz que eu poderia ter...assim como os meus olhos, como esta boca e esta mente...
Talvez não seja um conjunto perfeito, mas isto porque o ser humano está habituado a perspectivar tudo num panorama gestaltista. Porque nenhum ser humano é imperfeito. Talvez o nosso cerebro o seja porque é este que cataloga o que é normal e o que é anormal; o que é bom e o que é mau;e por aí fora...Então, se afinal o cerebro comanda o Homem e se o primeiro é imperfeito, talvez tenha que admitir que assim como eu, tambem tu não tens o minimo de valor. Mentaliza-te antes da desilusão, materializa-te antes que seja tarde demais e antes que em vez de ouvires isto da minha boca, ouças atravês de algum dos teus impetuosos e vivos heróis. Nessa altura vai doer, não vai?

"And it's just like you to say,
that it's better when you have things your own way
Now I'm stumbling through my words
and it's all your fault...so feel guilty"

não leias isto em ritmo hip-hop

Ontem vi tudo o que eles sabiam sobre mim e o que eu nunca soube por eles, e isso transtorna a minha paz de espírito. o que eu detesto são essas cortinas e pergunto, nascemos idiotas ou tornamo-nos idiotas? talvez ao nascermos idiotas e ao nos apercebermos dos idiotas que somos tentemos colocar uma página em branco no fim dos primeiros de muitos livros de poesia onde deambulamos ao longo da vida.talvez depois, em consequência, tornar-nos-emos em idiotas pois quando a meio de uma canção pop rock se mistura um trompete puramente de ska o resultado é merda mas se forem quatro notas bem escolhidas em piano é excelente. pelo menos aos ouvidos de tudo o que eu conheço. tudo é relativo diria eu, e já ninguém procura o absoluto. Mas será que o facto de pensares indefinidamente em dormir te fará seres julgado por preguiça?

sábado, maio 14, 2005

Há sempre desmotivos para motivar

Olha para trás, terás o passado tão presente, uma lágrima que não caiu? uma palavra entalada que ficou por dizer e mudaste todo um circulo que gravita à tua volta mas consciente que ergueste mais um degrau no objectivo cego de chegar bem lá em cima. Será que alguns cairam por causa tua? que interessa, apenas serves os nossos interesses por isso te apoiamos mesmo que hoje tenhas errado a dobrar. e o que é errar? será não estar? para mim é não fugir..aquilo que és. dava para escrever cem mil palavras sem significado nenhum e ainda hoje penso no que nunca me disseste mas sempre pensaste porque eu li pensamentos e hoje apenas os ignoro. imutável esse olhar, até dá para lamentar o mais frágil dos corações, libertar emoções como o caudal inundando e inundado até chegar à tristeza. 6 são os sentimentos cartesianos: admiração - desejo - amor - ódio - tristeza - alegria. escolhe um e intencionalmente e intuitivamente partirás para os outros.

quinta-feira, maio 12, 2005

Alibis em forma de coração

Não quero mais fugir. Nunca mais irei fugir. A verdade é simples, é crua, é vermelha e nem sei se posso dizer se é cruel. O facto é que estou a enlouquecer. Quando era mais novo perguntava-me a mim próprio como é que alguêm chegaria ao ponto de cortar a sua própria orelha,ou então de se suicidar a si próprio. Se calhar até gozava com esse facto. Não me lembro. A verdade é que caminho a passos largos para lá. É que cada vez mais imagino coisas, decifro palavras, conheço aromas e detesto caras. Já não existe beleza neste mundo para mim. Já não olho para as aquelas pessoas que outrora me enchiam a cabeça e penso em perfeição. Agora penso em vidas miseráveis que se arrastam cada vez mais. Podem gozar, podem rir, podem até chorar mas a verdade é que estou a ficar louco. Ou isso, ou cada vez mais conheço o mundo em que vivemos e por favor!até me mete nojo. Já não escrevo com o abstractismo lógico que fazia parte de mim...agora só escrevo palavras soltas. Escrevo odes à morte, hinos aos pulmões e serenatas a quem me detesta. Porque quem ama um inimigo é horrivelmente capaz de cruxificar um amigo. E eu não quero ser assim...nunca quis ser assim e nunca serei assim. Nunca me irão deitar abaixo. Posso ficar completamente senil, posso até já não ter forças para me levantar, mas nas minhas veias nunca entrará o veneno da traição.

"You´re fucking dead to me!"

segunda-feira, maio 09, 2005

Fado

Hoje (domingo) por volta das 19h, na cidade da Póvoa do Varzim, ouviram-se as palavras "in nomine solenissimae praxis garraiatas queima fitae portus doi mile et cincus encerrata est", com estas palavras encerrou-se a queima das fitas e a semana alucinante que se viveu, mais que isso com esta frase pôs-se fim a um ciclo, a praxe académica no porto em 2004/2005.
Já não temos caloiros na academia, por agora é tempo de reflectir no que de bom e de mau se passou durante os últimos meses, e preparar o caminho daqueles que neste momento nem sonham o que os espera,já em outubro próximo. Quase não há tempo para sentir saudade, essa fica para a primeira semana de Maio do próximo ano, aí sim concentram-se todas as emoções e deve ser por isso que ninguém as controla, porque se sorri pelo que já se viveu e se chora pelo que ainda há de vir.
Se alguém me perguntar o que é a praxe neste momento só me vem uma palavra à cabeça: saudade. Porque é dela que se revestem todos aqueles que um dia já envergaram o preto, uns com mais sentimento, outros menos. Mas cada um teve as suas razões e emoções quando pela primeira vez sentiu o traje a cobrir-lhe o corpo, e que ninguém julgue o juízo de cada um porque dele somos dotados para seguir o nosso próprio rumo.
E praxe não é mais do que isto, porque ela existe na nossa cabeça e cada um faz dela o que bem entender... dentro de si... porque cá para fora só sai aquilo que está certo, aquilo que deve ser ensinado, e só ensina quem sabe o sentido de tudo isto que acabo de escrever.

Este parte, aquele parte
E todos, todos se vão
Oh terra ficas sem homens
Que possam cortar teu pão

Tens em troca, órfãos e órfãs
Tens campos de solidão
Tens mães que não têm filhos
Filhos que não têm pais

Corações, que tens e sofres
Longas ausências mortais
Viúvas de vivos-mortos
Que ninguém consolará

sábado, maio 07, 2005

Onde estiveste na última semana?

Onde tens estado nos últimos três anos? Onde vais estar nos próximos dez? Na senda de mais um estado perfeito (ou caótico), acabámos todos por disfrutar uma semana louca, que já ninguém recorda como espaço temporal mas sim como estado de alma. Sem dúvida que a música da queima este ano é, pelo menos para os breeders, new disease. E porque ela reflecte cada shot pedido e cada palavra perdida, é em mim o momento único de toda esta realidade que já acabou mas sem dúvida que neste momento há uma barraquinha onde continua a existir aquele que é o hino. A verdadeira Queima acaba sempre por triunfar sobre a falsa Queima, e este ano não fugiu à regra. No entanto uma é indissociável da outra, e ambas nos comem porções de imaginação. Agora apetece-me ir a Coimbra, comer umas bifas, snifar umas coca´s e ser roubado na rua vermelha. Afinal há passado , e está tão vísível no futuro que só não o vemos se não quisermos. Mas só o futuro existe. HASTA SIEMPRE KEIMA2005

quinta-feira, maio 05, 2005

Tu serás o fim de mim

existem.pessoas.diferentes,.assim.como.existem.
vidas.diferentes..existem.dores.diferentes.
assim.como.existem.noites.em.que.o.som.da.
natureza.nocturna.já.não.se.ouve..e.a.lua.parece.
morrer.com.o.meu.desgosto..porque.é.que.me.
fazes.sentir.como.se.eu.tivesse.nascido.só.para.
destruir?.e.tu.bem.sabes.que.o.fazes...mas.eu.estou.
a.ficar.cada.vez.mais.forte.em.todos.os.sentidos.e.
depois.como.será,.sem.o.teu.dominio.e.a.minha.
submissão?..porque.tu.já.sabias.desde.o.principio.
que.eu.nunca.te.iria.deixar.enterrares.me..já.há.
muito.tempo.que.me.esqueci.de.como.se.reza.mas.
mesmo.assim.peço.a.deus.para.te.salvar.porque.
senão.tu.não.terás.rendição.e.no.purgatório.esperam.
te.mil.coisas.piores.do.que.eu..minha.doce.e.gentil.
querida.tenta.compreender.que.todos.os.dias.quando.
morro,.morro.a.pensar.em.ti.se.é.que.isso.te.traz.
qualquer.tipo.de.gratificação,.e.que.todos.os.dias.
quando.ressuscito,.ressuscito.a.pensar.na.dor.
de.mais.um.dia..e.quando.olhas.directamente.para.
os.meus.olhos.não.tentes.ver.o.teu.reflexo...
tenta.imaginar.o.fogo.que.queima.para.lá.das.minhas.
opticas.visuais,.tenta.esquecer.te.por.2.
segundos.e.guarda.um.deles.para.pensares.na.
hipotese.que.o.ar.que."respiramos". não.é.só.teu.

"Controlling my feelings for too long
Forcing our darkest souls to unfold
And forcing our darkest souls to unfold
Pushing us into self destruction"

quarta-feira, abril 27, 2005

5... 4... 3...

Em momentos de crise a imaginação é mais importante que o conhecimento.
Dix it

segunda-feira, abril 25, 2005

Perfeições...admiravelmente incertas

Tudo o que é perfeito já por si só deixa de o ser quando esta palavra é pronunciada. Perfeito é estar nivelado com o chão, é manter a cabeça em baixo, é arranjar razões para não fazer o que tem de ser feito, é conseguir ver o sol num dia de intenso nevoeiro, é cheirar flores colhidas ao pé de um ribeiro seco, é ter tudo sem no entanto ter nada e ter na mão um ponto de interrogação agregado a um estado de completa confusão.
As notas desafinadas de um velho piano podem ser por muitos consideradas como a maior ofensa a todos os grandes compositores que já existiram, mas para outros aquele som é perfeito. É a prova da intemporalidade do que é ou foi ser perfeito. Ser perfeito está na moda e toda a gente adora lamber fotografias que se colam no interior das palpebras para que só lhes seja possivel ver perfeição. Falsidade e perfeição são tao distintas se bem que têm o mesmo número de letras. Se a quantidade fosse o objectivo seria tudo tão mais facil.
A chuva é perfeita para muitos, mas a invenção dos guarda-chuvas foi ainda mais perfeita para outros. As palavras quando bem utilizadas permitem atingir estados mentais demasiadamente perfeitos para ser verdade, se bem que muito considerem as palavras demasiadamente a sério para serem perfeitas. As palavras são únicamente o meio errado de um ser humano se expressar. Para isso se inventou a pintura, a escrita, a escultura. Para aperfeiçoar a imperfeição de que o Homem foi dotado.
Como se vê, ninguem sabe como, nem o que é ser perfeito. Só se sabe que não se quer ser imperfeito. Ser perfeito é nunca pensar em perfeição. O perfeito é não existir...

"some kind of eminence
some kind of reason
why I can´t find a way
to begin my life"

sábado, abril 23, 2005

Quatro



People are strange when you’re a stranger
Faces look ugly when you’re alone
Women seem wicked when you’re unwanted
Streets are uneven when you’re down
When you’re strange
Faces come out of the rain
When you’re strange
No one remembers your name

Doors - People are strange

Clichés horrivelmente aceites

Já começo a pensar que se o Hoje não me chegar então todo o meu passado não fez qualquer sentido. Detesto todas aquelas pessoas que dizem que vivem cada dia como se fosse o último. Pois bem, se se vivesse cada dia como se não houvesse amanhã, tenho toda a certeza que o dormir não faria parte da tua lista de prioridades para hoje e assim consecutivamente. Quando falei em dormir poderia ter dito, por exemplo, sentares-te em frente á televisão, declarando claramente o teu estado de ócio profundo. Quando se pensa ou se sabe que este é o seu último dia no mundo acreditem que a televisão não vos passaria pela cabeça, o dinheiro também não, o tempo...esse sim, faria toda a diferença.Ninguêm faria planos para o futuro se toda a gente vivesse cada dia como se fosse o último.
Se todos pensasse-mos que todos os dias seria o nosso último na terra, a anarquia era rainha, não existiria qualquer tipo de ordem social, nem de respeito mutuo, nem o simples cumprimento entre duas pessoas amigas. Haveria sim a loucura, o desepero, o trauma, o choque. Acreditem, os heróis são muito importantes para a identificação social das nações, mas, ou já morreram ou ainda estão para nascer.
Por isso, nunca mais digam que vivem cada dia como se fosse o último...simplesmente aquilo que voçes fazem é o que toda a gente faz.
Bem, se calhar equivoquei-me. O que eu detesto não são as pessoas que pensam assim, são os pensamentos de pessoas assim.

"it´s a disease they´ll never have a cure for,
but I´m the one who´s wrong...right?"

terça-feira, abril 19, 2005

Existem maneiras mais subtis de dizer mentiras

O que se perde, acaba eventualmente por se transformar em algo mais sensacional (sensação).
A criação é única. É perfeitamente perfeita. Mas no contexto socio-moral é tão perfeita quanto ridicula.
Deixando as crenças à parte, se todos fossemos perfeitos em alguma arte poderiamos sentar-mo-nos à mesa de jantar e repartir o único pão que nos seria possivel comprar nesse único dia. Se tu em vez de me amarrares as mãos com o teu cabelo me tentasses tocar, nem que com o minimo de esforço me tentasses tocar, estariamos a esta altura no 19º altar, profeciando e depois beberiamos o licor da celebração à pureza das mais puras puridades puritanas.

E olhavas para mim, impávido e sereno olhando os teus olhos, fazendo nenhum esforço para chegar até ti, enquanto tu, esticarias todo o teu corpo em direcção a mim para me tocar. Eu, finalmente decidiria inclinar-me para a frente só para te dizer ao ouvido:"Quero vida...____ ______".
Tu não perceberias o final da frase e tocar-me ias na mais infeliz ingenuidade. Eu inclinaria-me para trás, sobre rochas e rochedos e deixava a vida tomar conta de mim...sobre a cor verde do campo e debaixo de um céu azul que se tornava negro...a cara dos anjos contorcem-se de agonia, a tinta começa a cair que nem chuva, e o desespero toma conta de todos
De repente, num flash instantâneo, relembras e percebes a frase na sua integra...os teus olhos dizem tudo...o desalento dos deus nunca é demais. Acabaste de traçar o destino de toda a humanidade e detestas-me, se bem que o meu nome nunca será Adão.
Finalmente sei e percebo que não és perfeito.

Inspirado em "A Criação" - Capela Sistina

domingo, abril 17, 2005

Um jardim de paz neste dia de sol eterno

Desfiz-me de todos os meus inimigos, apaguei o ódio e a desilusão e lentamente caminhei, sem olhar para trás.
Não te direi que é eterno, não te direi que durará até ao final destas palavras, mas fecho os olhos e sei que tu percebes a minha sinceridade.
Respiro e deixo sair tudo que de fútil nunca deveria ter entrado, sinto a esperança que nunca devia ter sido em mim depositada e continuo a caminhar.
Sorrio a um desconhecido, passo a mão no rosto de uma criança que chora desalmadamente, procuro o melhor caminho para a serenidade mas a meio apetece-me gritar.
O sol abrasador queima o que ainda resta de mim, deito-me no meio da rua e sorrio, serenamente.
Sei que fiz tudo bem, sei que fui eu.
Hoje morri.

sexta-feira, abril 15, 2005

Anjo, aceitas o meu convite de meia noite?

Aceitas dar-me as mãos e prendê-las com tanta força para que nunca nada nos separe? Aceitas que se os teus dedos se escaparem dos meus vai-te pelo menos doer o coração? E mesmo que seja eu a dizer que não, sabes que o vazio que me preenche o peito nunca chegará a ser de tal maneira oco para te dizer adeus.
Eu, tu e ele fazemos um mau elenco, sempre prontos para mudar o guião. Por isso, anjo, mesmo que me traias com actores secundários promete-me irás fingir felicidade, tal como finges esses orgasmos vorazes no fim da nossa sequela sexual.
E eu, que estou aqui sozinho e que já não te vejo à anos, tenho a impressão que, por vezes, passam por mim fantasmas. E logo eu que nunca te pedi para morreres sozinha e triste...tudo o que quis foi que aceitasses o meu convite de meia noite, atravês daquela carta escrita a vermelho que tu nunca a chegaste a ler...e que eu nunca te cheguei a entregar.
Eu que podia ter tudo, mas não tenho tudo...nem sequer não tenho nada. Tenho o que fiz para ter. Tenho o que posso ter, porque dispenso aquilo que não posso ter.

"It tastes like water, a place where hearts will mend.
where there is no beginning, and there is no end."

domingo, abril 10, 2005

Nunca estarás só

Hoje podia alegar que o Porto sem sido vítima do azar, do infortúnio ou até da própria sorte dos adversários e por isso tem tido uma época para esquecer... Podia, mas não o vou fazer.

Hoje podia recorrer ao fanatismo e dizer que o benfica não merece estar onde está, que tem sido ajudado pelas arbitragens e lá está, pela sorte na maior parte dos jogos... Podia, mas não o vou fazer.

Hoje podia revoltar-me contra os castigos disciplinares a que o Porto tem sido sujeito, aos contratempos a nível de lesões, em suma à dificuldade do Porto em construir uma equipa digna jornada após jornada capaz de lutar pelo título. Podia, mas não o vou fazer.

Seria mais fácil justificar a classificação do Porto dizendo que esta SuperLiga está nivelada por baixo e que o denominado "campeonato dos fracos" só poderia recair para o mais fraco de todos, podia fazer isso, mas não o vou fazer.

Hoje poderia invocar glórias passadas...



Por sinal de um passado bem recente...



Recordar feitos nunca antes alcançados...



E recorda-los em imagens a cores...



Mas não o vou fazer...

Hoje podia dizer-vos que desde que vejo e gosto de futebol trago o Porto comigo, que estive com a equipa em momentos complicados, se calhar nem festejando muito nos bons momentos porque a alegria em ver ganhar o meu clube é uma coisa diferente de qualquer outra. Podia dizer-vos que ainda hoje as lágrimas insistem em sair de cada vez que recordo o golo de Derlei ao Celtic na final da Taça UEFA, ou o penálti do Pedro Emanuel em Dezembro, na Taça Intercontinental.
Hoje podia dizer-vos que para mim não há melhor equipa no mundo do que o Porto, que demonstrarei o meu apoio em todos os jogos que faltam, que estarei com a equipa para o que der e vier, e podia dizer-vos que tenho muito orgulho no meu clube.
Podia, e foi o que fiz.




Sociedade Actual

Estava eu a fazer uma limpeza de contactos antigos no messenger quando me aparece isto...



e tu, será que estás preparado para eliminar alguma pessoa da tua lista de contactos???

sábado, abril 09, 2005

Consumo Mínimo Obrigatório

Olhas à tua volta e vês uma felicidade artificial. Apercebes-te que enquanto as luzes não pararem de rodar e a música vos levar a energia não irá faltar. Com o raiar do sol verás a pista vazia e o copo deixará de ter dono, mas tu não queres saber. Preferes não querer saber, o dia não te diz nada e em breve fecharás os olhos... Mas por pouco tempo, porque a noite vai voltar e estás preso a um ritual do qual não te consegues desabituar. É o teu rumo, aos primeiros copos voltas a perceber isso e o ciclo recomeça, noite após noite sem nunca parar. Porque tu não queres simplesmente saber, porque é vida...

Acontece aos melhores....

Uma mão lava a outra

Pormenores!Adoro todo e qualquer pormenor.Adoro quando mexes no cabelo de forma sensual.Adoro quando gemes de uma forma abismal.Pura e simplesmente adoro quando chamas por mim.Fantasio noite e dia.Só minto para salvar a minha pele.E quando minto, tu sabes que minto, por isso nunca será mentira,certo docinho?Ah...a mais pura das lamechices...Tu sabes, eu sei, nós sabemos, todos sabem o quanto as testosteronas afectam tudo e mais alguma coisa...por isso o suicidio é algo que falta falar aqui...já está.
Pura e simplesmente eu...100% meu. Zero negativo. Amores incognitos. Será que basta ler para conhecer?É necessário saber ler. É necessário apoiar a tua cabeça enquanto dizes que naõ a tudo o que passa na tua vida. Ignoras-me de uma forma categórica...eu desprezo te, tentando me aproximar...Sabes o quanto eu voo dentro de ti...Mas às vezes não tenho força para me levantar...aí,tu lavas me as mãos...eu respiro por ti...

sexta-feira, abril 08, 2005

Quiz

Informo os estimados leitores deste blog, que passamos a dispôr de um pequeno quiz acerca dos breeders.
Testem os vossos conhecimentos sobre os breeders AQUI

Smells like Cobain spirit

Não me canso de todos os anos celebrar esta data com músicas que são a estrada que nos conduz ao lado mais irrequieto da nossa alma.
Kurt Cobain morreu há 11 anos. Aqui fica mais uma singela homenagem.



Jesus don't want me for a sunbeam
Sunbeams are not made like me
Don't expect me to cry
For all the reasons you had to die
Don't ever ask your love of me

Don't expect me to cry
Don't expect me to lie
Don't expect me to die for thee.


Nirvana - Jesus don't want me for a sunbeam

sábado, abril 02, 2005

Viver Mata

Querem falar de certezas? Eu não. O meu destino final já está traçado: deixar de respirar, deixar de pestanejar, de sonhar, de voar, de sentir. O meu coração irá repousar. Os meus musculos agradecerão, a minha voz soltar-se-á, serei somente mais uma lembrança. Nem sequer importa o quanto dei, ou tinha para dar, não importa se tinha a mente mais esclarecida ou complicada do mundo. Se era um bom homem, nunca o ouvirei porque isso só se diz ao baixar do caixão. Mas ao baixar do caixão já será demasiadamente tarde, os meus olhos já estarão em decomposição, os meus ouvidos passam a ser abrigos para qualquer outro ser vivo que não eu nem tu.Então aí, chorarás. Então nesse momento vais pensar no meu sorriso, vais pensar em todas as palavras que eu te disse e que nunca esperei pelo baixar do teu caixão. Vais pensar na minha forma carinhosa de te olhar, vais pensar que eu nem sequer tinha defeitos apesar de os ter.Será a tua vez de discursar, mas todos os que estão à tua volta só chegarão a ouvir choro. E abraçar-te-ão...abraços de confortos. E mais uma vez aquele jeito só meu vem te à cabeça. Era completamente impossivel eu morrer. Já não percebes nada da vida, já só queres morrer também.Tapam o caixão com terra negra e tu ficas indignadissimo/a porque eles não me conheciam. Não me podiam fazer isto...e que direito é que eu tinha de morrer?!?! Detestas-me. Detestas as saudades de já não me poderes ignorar quando quiseres. Pois bem, eu estive todo o tempo aí.
Este é simplemente o texto mais triste que escrevi...sobre ti.

"I want to go away to the unreal
where my life would be so real..."

sexta-feira, abril 01, 2005

53 000 000 €

É com muito gosto que vos informo que ganhei o euromilhões, provavelmente não terão mais notícias minhas mas confio no Ricardo, no José e no Ricardo Azevedo para levar este blog a bom porto.
Até breve!

terça-feira, março 29, 2005

O que devia ter sido escrito ha 5 anos, alguns meses e muitos dias...

E agora enquanto entramos num novo milénio a coisa que se diz que vem aí e que é conhecida como Armagedão é na verdade a filtração global, uma aniquilação de massas, uma extinção ignorante. Aqueles escolhidos para sobreviver já têm as respostas para obter a felicidade, agora é a nossa vez de ver através do canto do olho de Jesus Cristo.
Inspira a noite e expira o dia. Eu já estive onde tinha de estar e já vi o que tinha de ver, agora é a tua vez, anda comigo nesta viagem ao desconhecido. Nós nunca fomos cegos...os nossos olhos estavam fechados.
O céu e a terra devem se juntar mas não através da segunda vinda de Cristo ao mundo. Através da ciência, biologia, matemática e astrologia estas respostas serão obtidas. A vida eterna será liberta da sua nojice que fica algures no Médio Oriente dentro de um frasco captando a morte infinita.
O ponto de quebra já não existe, as linhas da intriga foram apagadas, uma vontade prestes a dominar a minha mente existe sem o olho da verdade...
Nós nunca fomos cegos...os nossos olhos estiveram simplesmente fechados.

Mantem a tua cabeça erguida...

30 dias que começam com a mentira e acabam com o princípio do fim, com as fitas queimadas de tanta saudade e no meio 28 dias que são apertados para o tanto que há para dizer, para fazer. Digam-me como agradar a estes 28 dias, para superar a loucura dos seus raios de sol e a insasatez das noites escuras e frias. Porque a pressa destes 28 dias contagia ao ponto de parecer que nada mais vem para além deles, e eu quero que me digam, vale a pena?
28 dias que retiram o sabor aos 8 que se seguem, 28 dias que revelam o que de bom e de mau há para contar por aí, 28 dias que trazem consigo meio ano de mentiras e ilusões.
Abril, peço-te, traz uma chuva constante e que ela sirva de vidro para o polir o nosso mundo de nitidez.

sábado, março 26, 2005

Perdi a minha inspiração, será que me podes emprestar a tua?

Sibéria, como eu te adoro! Os teus olhares em forma de bala só provam a mais estúpida das teorias: que é preciso morrer para sentir. Não! Desta vez pego eu próprio na palavra "mórbido" e levo-a ao colo para bem perto. Para um lago de gelo que me aquece por dentro. O gelo queima mas derrete. A física mais uma vez troca-nos as voltas. É então impossível existir aquilo que nenhum de nós sabe o que é, mas que, ignorantemente na nossa sabedoria inculta, chamamos de Física. A seguir à Física vem o vazio, o Nada. Que também não pode existir. É simplemente...nada. Mas que toda a gente escreve à cerca dele. Quem é que se dá ao trabalho de escrever sobre um tema inexistente? Só mesmo quando o ego sobe e se pensa em mudar o mundo. Nunca mais escrevam à cerca de temas sobre os quais não se pode escrever.
Se eu era existencialista deixei de o ser, porque neste lugar a que chamo Sibéria, todos os rostos são pálidos, todas as veias entopem, todos os musculos atrofiam.
A minha Sibéria é a tua mente e assim consecutivamente. Mas aqui, a Física chama-se matéria e o Nada chama-se ausência...assim já faz sentido, certo?

Encontros no infinitivo

Incompreensivelmente não me lembro do teu rosto, do teu choro ou das tuas palavras, na minha mente só se fixou aquele olhar que me deste à saída do café. Sabia que não voltar-te-ia a ver, sim eu sabia, mas não quis que o meu corpo o demonstrasse. Acaba por ser engraçado o quanto o ser humano consegue ser fútil, mesmo nas alturas mais desnecessárias e estúpidamente cruéis.~
Acendi um cigarro e sorvia o primeiro fumo que me ia inundando os pulmões, percebi que choravas enquanto caminhavas na direcção oposta, as tuas palavras já faziam prever isso mas eu não quis saber. Tudo o que haviamos dito durante tanto tempo deixou de ter sentido no momento em que te sentaste naquela mesa e abriste o coração triste e amargurado para mim, nada a não ser o caminho que tinhamos feito poderia justificar aquele desabafo mas ele aconteceu, não te consegui negar, não consegui dizer uma palavra sequer porque nada havia a ser dito mas muito a ser chorado... Mas nem isso consegui, simplesmente acendi o cigarro quando te vi a caminhar na direcção oposta e fiz o mesmo, com os primeiros passos senti a chuva a molhar o meu rosto e apertei o casaco. Fixei aquele teu último olhar... e já não chovia há tanto tempo...

sexta-feira, março 25, 2005

Os meus problemas

Não gosto daquelas aquelas pessoas que usam chavões do tipo “Da próxima vez não sei que é que te faço” ou “Não sei que é que te acontece”, ou ainda “Não respondo por mim!”
Vamos por partes, se não sabem o que vai acontecer para que é que o dizem? Para reforçar a sua ignorância? E o mais estúpido é que maioritariamente estas frases são antecedidas por instantes de suspense, de medo e dúvida… Pergunto, para quê? Não tem piada, é inútil e só nos faz perder tempo! Ah, e essa de não responderem por si é um bocado assim para o… ok, falta-me a palavra, mas é muito mau!
Estas são as verdadeiras pessoas que falam, falam, falam, falam… e não dizem nada!

quinta-feira, março 24, 2005

O som dos breeders

Vou-vos contar a história de Broas, um jovem na casa dos vinte e pouco com aptência para os palavrões mas um bom rapaz acima de tudo. Broas dava-se bem com Vítor, Ricardo e José que formavam os "breeders" mas recusava-se a fazer parte deste grupo tão selecto, tendo várias vezes afirmado "&%#$[$# $% ?$%"&".
Uma noite num jantar de curso Broas não tinha onde dormir e pediu para passar a noite em casa de José que prontamente aceitou o seu pedido. A meio da noite Broas foi acordado por um estranho mas bonito som. Na manhã seguinte Broas perguntou a José que som fora aquele que o tinha despertado e deixado tão maravilhado ao que José respondeu:
"Desculpa mas não te posso dizer, tu não fazes parte dos breeders."
Broas agradeceu a José pela estadia e foi-se embora, muito curioso com aquele som.
Cerca de um mês depois Broas foi a casa do seu amigo Ricardo para fazerem um trabalho de grupo, enquanto estavam à frente do computador Broas voltou a ouvir aquele som que o tinha deixado curioso um mês antes, tal era a estranheza e beleza do som que Broas voltou a insistir e perguntou a Ricardo o que era aquilo afinal, ao que Ricardo respondeu:
"Desculpa mas não te posso dizer, tu não fazes parte dos breeders."
Broas continuava cada vez mais intriguidado com aquele som e disposto a (quase) tudo para saber o que era aquilo.
Duas semanas depois, numa das noites da Queima das Fitas, Broas abusou um pouco da bebida e teve que ser socorrido por Vítor que o levou a dormir em sua casa, já quase de manhã Broas é despertado por uma vontade enorme de ir ao WC e enquanto lá está ouve novamente o som que o deixou encantado tempos antes. Broas, sem tempo a perder, quase a dar em doido, sacode Vítor violentamente da cama e encosta-o literalmente à parede exigindo uma resposta imediata à sua curiosidade sobre aquele som lindo que ouvira. Vítor assustado responde:
"Desculpa Broas mas não te posso falar acerca deste som, tu não fazes parte dos breeders."
Broas entra quase em estado de loucura e aceita fazer parte deste grupo, submetendo-se às mais duras e arrojadas provas de admissão.
Três meses depois, quando finalmente é aceite no seio dos breeders, após a cerimónia de entrada e quando este é finalmente um dos breeders, já sabem o que aconteceu, pediu aos seus agora irmãos que lhe explicassem o mistério e a beleza por detrás daquele som.
Vítor foi buscar uma caixa que abriu com uma chave de ouro, essa caixa conduziu a uma segunda caixa, esta de prata que dentro continha uma pequena caixa ladeada de pérolas, que conduzia a uma última caixa, esta de madeira normal...
A cara do Broas encheu-se de lágrimas de alegria assim que viu a origem de tal lindo e misterioso som que ele ouvira tantas vezes, nunca tinha sentido uma coisa assim... Era uma sensação indiscritivel... Durante todo aquele tempo ele tinha esperado por aquele momento...

Mas não vos posso dizer o que era: VOCÊS NÃO FAZEM PARTE DOS BREEDERS!!!!

Não há noite tão longa que não encontre o dia

Senhora da Hora, 6 e 17 da manhã, deito-me mas não consigo adormecer, fecho os olhos mas só consigo fixar a claridade... e esta música... e esta música que não me larga tomando conta dos meus pensamentos, da minha frágil existência neste momento como se propriedade dela fosse... Sai! Não te quero ouvir! Sei a tua letra de cor mas não consigo entender o que me transmites com essa batida ritmada... Pára! Deixa-me descansar para que amanhã retomemos a luta, deves-me isso, fui eu que te escolhi a meio desta noite... e agora estás em todo o lado! Levanto-me para molhar o rosto cansado e saltas do espelho, não te consigo vencer. Não me interessa o que se passa lá fora, para mim a noite acaba aqui, vou-te expulsar, vou gritar num silêncio desconcertante e adormecer de tanto tentar. Nos meus sonhos farei com que te tornes num murmúrio impercéptivel, farei com que o vento te leve para bem longe, porque nos meus sonhos eu tenho o controlo, nada físico me transcende... Mas tu existes...
Senhora da Hora, 6 e 43 da manhã.
How can it feel, this moment?

quarta-feira, março 23, 2005

Diminutivos inter-relacionais

Hoje sorrio. Perdi todo e qualquer talento que alguma vez tive para a escrita, mesmo sabendo que nunca o tive. Há dias assim. Dias em que um quadro mais parece uma velha lembrança, colocada por cima de um móvel num canto esquecido, que nem sequer sabias que existia. E é nesse momento que reparas realmente na pintura: uma enorme onda que parece comer a costa e engolir um homem que está calmamente sentado a admirar o cenário, no seu perfil. Nesse momento reparas em algo mais transcendente a todo o quadro e tens a certeza que o pintor concentrou todo o seu esforço de produção para aquilo que estás a olhar: o sorriso do homem. Não é um sorriso muito aberto, nem sequer é muito fechado. É simplesmente um sorriso. Simplemente, não por ser simplicidade, mas por transmitir um sentimento de serenidade tremendo. Vês uma onda que parece uma garra, totalmente ameaçadora, e observas a perfeita antítese: um homem com o seu destino traçado a olhar sorridentemente para aquilo que vai ditar o seu fim. É esse o poder de um simples gesto que denominam de sorriso: transmite emoções. Serenidade, maturidade, alegria, simpatia, infantilidade, ironia, tudo é possivel. Até a decadência transmite. Até mesmo o desespero: Hoje sorrio. Perdi todo e qualquer talento que alguma vez tive para a escrita, mesmo sabendo que nunca o tive.
Existem dias tristes que o teu sorriso pode transformar em alegres noites.

"So believe it or not
I won´t tell you again,
listen up and listen good:
there´s always time for you my friend"

segunda-feira, março 21, 2005

"Não posso estar em parte alguma...a minha pátria é onde não estou"

Tu que lutas desalmadamente para negar aquilo que sentes
mesmo quando tudo aquilo que tu sentes é a seda e o veludo,
o veludo que é esse amor disfarçado desse ódio que é tudo.

Os que dizem que o nosso lar é onde está o coração,
sabem que o coração não pode ser lar, tal como eu não sou teu,
tal como tu és de sal, tal como o teu amor não é meu.

Sei que não conheço o cheiro a veludo, nem o sabor do sal
Sei que a seda costuma ser pura, terna e fatal.

21 de Março - Dia Mundial da Poesia

domingo, março 20, 2005

the next best thing

I was a lonely teenage bronkin buck
with a pink carnation and a pick up truck
but I knew I was out of luck,
the day, the music, died.
I started singin...

Perdido no tempo

É incrivel a capacidade do ser humano em absorver momentos e guarda-los para a vida inteira, esperando apenas um sinal, ou a exaltação de um sentido, para transpirar de dentro de nós. Um cheiro, uma música, uma estrada ou até mesmo um simples gesto conseguem-nos trazer recordações.
Boas, más, importantes, banais, enigmáticas ou desprovidas de sentido, todas estas manifestações transportam-nos para um outro lugar, provando que a memória humana não é manipulável e a responsabilização nula porque somos constantemente bombardeados pelo passado e nada nem ninguém o consegue impedir.
Recordar é viver? Indubitavelmente, mas concerteza que viver também é recordar...
Este post veio a propósito de uma música que encontrei perdida num cd esquecido, que me fez recordar os bons momentos que passei com o Semáforo, o Ervas e o Rio Tinto durante o Euro2004... Aquela vitória contra a Espanha foi monumental! O que se seguiu então foi... memorável!
Já agora, Rio Tinto, mesmo sendo o teu aniversário e Portugal ter ganho, acredita, não podes entrar com a minha carrinha num sentido proibido, vai por mim!

sábado, março 19, 2005

o planeta parou

quando percebi que nada que existe é destruido mas se transforma, compreendi que tudo o que é conhecido são diferentes interpretações de coisas iguais e que a diferença está apenas na coesão entre as coisas. quebrar é apenas uma questão de recomeçar, mesmo quando apetece fazer tudo igual outra vez e se sente pena de as ligações entre as coisas nunca mais voltarem a ser simétricas. e por vezes há coisas que têm mesmo que quebrar as suas ligações porque é necessário aperfeiçoar, uma e outra e sempre mais..

Viagens



Mais um dia que acaba
e a cidade parece dormir,
da janela vejo a luz que bate no chão
e penso em te possuir.
Noite após noite,
há já muito tempo,
saio sem saber para onde vou
(...)
Leva-me contigo,
mostra-me onde estás,
é que o pior castigo
é viver assim, sem luz nem paz,
sozinho com o peso do caminho
que se fez para trás...
(...)
Os bares estão fechados já não há onde beber,
este silêncio escuro não me deixa adormecer.
Loucas são as noites, que passo sem dormir,
loucas são as noites...

O Homem criou o blog...

...e viu que tudo era bom.
Mas...
Se eu te tocar vou sentir a tua força? Não, não falo do físico, transcende isso, pensa para além do que já te mostramos... Não percebes ainda pois não? A pessoa mais importante és tu e o que levas daqui não é mais que um punhado de boas recordações... Faz com que sejam boas, torna-as eternas dentro de ti.

Para todos, onde quer que estejam, lembrem-se, a luz ao fundo do túnel podem ser vocês.
Boa noite.

Erguemo-nos onde caimos

Nova Mensagem...........

Isto é simplesmente aquilo que pode ser chamado de "O principio do fim"... Será que nos tornamos escravos de uma liberdade que muitos rejeitam, não nos deixando mesmo respirar?Seja como for, quem vier a este espaço não tente interpretar o papel de Deus...esse papel cabe-nos a nós e a todas as palavras aqui escritas. Para/Por mim, isto não será MAIS um ciclo. Por/Para mim isto é o desmoronar, o desencadear de um processo internamente irreversível. O despoltar de um fogo sibérico que me sai dos olhos.
Queria saber se fui eu o causador de algum choro teu, ou pelo menos se, quando passas por uma fase má, pensas em mim...queria ser aquele poeta embriagado em morte que tu sonhavas ser...mas não sou poeta.
Breeders?Ok...Anteriormente tinhamos criado algo...talvez um mito...não...indubitávelmente uma lenda, em que ninguêm acreditou mas ninguêm duvidou do seu poder. Desta vez tentarei assassinar qualquer teoria, especulação ou hipotese por mim proposta, porque estou farto...e quero estar numa perfeita desintonia comigo mesmo.
É notável a falta de imaginação com que fui abençado. É crónico este ódio que nunca tive por mim. É fútil a maneira como planeio as minhas acções. As palavras em que eu penso, já as gastei anteriormente. Os pensamentos que eu processo, sinceramente, são os pensamentos mais simplistas que voçes imaginam! A minha mente, realmente, não é assim tão ilógica. Os meus olhos, afinal, não são assim tão necrófagos e tu, então, deixas de ser o meu zombie preferido.
Bem, deixei-me de dar pistas. Deixei-me de tentar ser o salvador mesmo quando sei que os meus olhos vêem tudo perdido. Ah...eu não morro. Vejo tudo a arder à minha volta e eu não morro. E se morrer?Antes de morrer irei escrever um poema sobre a sensação de morrer, sobre os 10 segundos finais que antecedem a queda de um anjo/a queda de um homem/a queda de um mundo. Sobre uma canção que eu, infelizmente, nunca escrevi e à qual daria o nome de uma flor...Orquidia Fantasma...E mais uma vez estou eu a dar pistas...mais uma vez.

Próximo!

2º Capítulo

Escreve-se a partir de agora uma nova página de história no universo breeder, o preto deu lugar ao branco, as trevas transformaram-se na luz e eis que surge o Extremos Opostos, um novo conceito tendo por base as mesmas ideias de um grupo tão diferente e ao mesmo tempo tão igual... daí os extremos... opostos por sinal.
Quem não nos conhece pode ir aqui e ver o que já passou...
Partilhem conosco as vossas ideias, é tão fácil deixar um comentário (anónimo para quem não tem registo no Blogger) que chega a ser estúpida a displicência com que deixamos insultarem-nos!

Breeders, 'cause we're only here for reproduction