terça-feira, março 29, 2005

O que devia ter sido escrito ha 5 anos, alguns meses e muitos dias...

E agora enquanto entramos num novo milénio a coisa que se diz que vem aí e que é conhecida como Armagedão é na verdade a filtração global, uma aniquilação de massas, uma extinção ignorante. Aqueles escolhidos para sobreviver já têm as respostas para obter a felicidade, agora é a nossa vez de ver através do canto do olho de Jesus Cristo.
Inspira a noite e expira o dia. Eu já estive onde tinha de estar e já vi o que tinha de ver, agora é a tua vez, anda comigo nesta viagem ao desconhecido. Nós nunca fomos cegos...os nossos olhos estavam fechados.
O céu e a terra devem se juntar mas não através da segunda vinda de Cristo ao mundo. Através da ciência, biologia, matemática e astrologia estas respostas serão obtidas. A vida eterna será liberta da sua nojice que fica algures no Médio Oriente dentro de um frasco captando a morte infinita.
O ponto de quebra já não existe, as linhas da intriga foram apagadas, uma vontade prestes a dominar a minha mente existe sem o olho da verdade...
Nós nunca fomos cegos...os nossos olhos estiveram simplesmente fechados.

Mantem a tua cabeça erguida...

30 dias que começam com a mentira e acabam com o princípio do fim, com as fitas queimadas de tanta saudade e no meio 28 dias que são apertados para o tanto que há para dizer, para fazer. Digam-me como agradar a estes 28 dias, para superar a loucura dos seus raios de sol e a insasatez das noites escuras e frias. Porque a pressa destes 28 dias contagia ao ponto de parecer que nada mais vem para além deles, e eu quero que me digam, vale a pena?
28 dias que retiram o sabor aos 8 que se seguem, 28 dias que revelam o que de bom e de mau há para contar por aí, 28 dias que trazem consigo meio ano de mentiras e ilusões.
Abril, peço-te, traz uma chuva constante e que ela sirva de vidro para o polir o nosso mundo de nitidez.

sábado, março 26, 2005

Perdi a minha inspiração, será que me podes emprestar a tua?

Sibéria, como eu te adoro! Os teus olhares em forma de bala só provam a mais estúpida das teorias: que é preciso morrer para sentir. Não! Desta vez pego eu próprio na palavra "mórbido" e levo-a ao colo para bem perto. Para um lago de gelo que me aquece por dentro. O gelo queima mas derrete. A física mais uma vez troca-nos as voltas. É então impossível existir aquilo que nenhum de nós sabe o que é, mas que, ignorantemente na nossa sabedoria inculta, chamamos de Física. A seguir à Física vem o vazio, o Nada. Que também não pode existir. É simplemente...nada. Mas que toda a gente escreve à cerca dele. Quem é que se dá ao trabalho de escrever sobre um tema inexistente? Só mesmo quando o ego sobe e se pensa em mudar o mundo. Nunca mais escrevam à cerca de temas sobre os quais não se pode escrever.
Se eu era existencialista deixei de o ser, porque neste lugar a que chamo Sibéria, todos os rostos são pálidos, todas as veias entopem, todos os musculos atrofiam.
A minha Sibéria é a tua mente e assim consecutivamente. Mas aqui, a Física chama-se matéria e o Nada chama-se ausência...assim já faz sentido, certo?

Encontros no infinitivo

Incompreensivelmente não me lembro do teu rosto, do teu choro ou das tuas palavras, na minha mente só se fixou aquele olhar que me deste à saída do café. Sabia que não voltar-te-ia a ver, sim eu sabia, mas não quis que o meu corpo o demonstrasse. Acaba por ser engraçado o quanto o ser humano consegue ser fútil, mesmo nas alturas mais desnecessárias e estúpidamente cruéis.~
Acendi um cigarro e sorvia o primeiro fumo que me ia inundando os pulmões, percebi que choravas enquanto caminhavas na direcção oposta, as tuas palavras já faziam prever isso mas eu não quis saber. Tudo o que haviamos dito durante tanto tempo deixou de ter sentido no momento em que te sentaste naquela mesa e abriste o coração triste e amargurado para mim, nada a não ser o caminho que tinhamos feito poderia justificar aquele desabafo mas ele aconteceu, não te consegui negar, não consegui dizer uma palavra sequer porque nada havia a ser dito mas muito a ser chorado... Mas nem isso consegui, simplesmente acendi o cigarro quando te vi a caminhar na direcção oposta e fiz o mesmo, com os primeiros passos senti a chuva a molhar o meu rosto e apertei o casaco. Fixei aquele teu último olhar... e já não chovia há tanto tempo...

sexta-feira, março 25, 2005

Os meus problemas

Não gosto daquelas aquelas pessoas que usam chavões do tipo “Da próxima vez não sei que é que te faço” ou “Não sei que é que te acontece”, ou ainda “Não respondo por mim!”
Vamos por partes, se não sabem o que vai acontecer para que é que o dizem? Para reforçar a sua ignorância? E o mais estúpido é que maioritariamente estas frases são antecedidas por instantes de suspense, de medo e dúvida… Pergunto, para quê? Não tem piada, é inútil e só nos faz perder tempo! Ah, e essa de não responderem por si é um bocado assim para o… ok, falta-me a palavra, mas é muito mau!
Estas são as verdadeiras pessoas que falam, falam, falam, falam… e não dizem nada!

quinta-feira, março 24, 2005

O som dos breeders

Vou-vos contar a história de Broas, um jovem na casa dos vinte e pouco com aptência para os palavrões mas um bom rapaz acima de tudo. Broas dava-se bem com Vítor, Ricardo e José que formavam os "breeders" mas recusava-se a fazer parte deste grupo tão selecto, tendo várias vezes afirmado "&%#$[$# $% ?$%"&".
Uma noite num jantar de curso Broas não tinha onde dormir e pediu para passar a noite em casa de José que prontamente aceitou o seu pedido. A meio da noite Broas foi acordado por um estranho mas bonito som. Na manhã seguinte Broas perguntou a José que som fora aquele que o tinha despertado e deixado tão maravilhado ao que José respondeu:
"Desculpa mas não te posso dizer, tu não fazes parte dos breeders."
Broas agradeceu a José pela estadia e foi-se embora, muito curioso com aquele som.
Cerca de um mês depois Broas foi a casa do seu amigo Ricardo para fazerem um trabalho de grupo, enquanto estavam à frente do computador Broas voltou a ouvir aquele som que o tinha deixado curioso um mês antes, tal era a estranheza e beleza do som que Broas voltou a insistir e perguntou a Ricardo o que era aquilo afinal, ao que Ricardo respondeu:
"Desculpa mas não te posso dizer, tu não fazes parte dos breeders."
Broas continuava cada vez mais intriguidado com aquele som e disposto a (quase) tudo para saber o que era aquilo.
Duas semanas depois, numa das noites da Queima das Fitas, Broas abusou um pouco da bebida e teve que ser socorrido por Vítor que o levou a dormir em sua casa, já quase de manhã Broas é despertado por uma vontade enorme de ir ao WC e enquanto lá está ouve novamente o som que o deixou encantado tempos antes. Broas, sem tempo a perder, quase a dar em doido, sacode Vítor violentamente da cama e encosta-o literalmente à parede exigindo uma resposta imediata à sua curiosidade sobre aquele som lindo que ouvira. Vítor assustado responde:
"Desculpa Broas mas não te posso falar acerca deste som, tu não fazes parte dos breeders."
Broas entra quase em estado de loucura e aceita fazer parte deste grupo, submetendo-se às mais duras e arrojadas provas de admissão.
Três meses depois, quando finalmente é aceite no seio dos breeders, após a cerimónia de entrada e quando este é finalmente um dos breeders, já sabem o que aconteceu, pediu aos seus agora irmãos que lhe explicassem o mistério e a beleza por detrás daquele som.
Vítor foi buscar uma caixa que abriu com uma chave de ouro, essa caixa conduziu a uma segunda caixa, esta de prata que dentro continha uma pequena caixa ladeada de pérolas, que conduzia a uma última caixa, esta de madeira normal...
A cara do Broas encheu-se de lágrimas de alegria assim que viu a origem de tal lindo e misterioso som que ele ouvira tantas vezes, nunca tinha sentido uma coisa assim... Era uma sensação indiscritivel... Durante todo aquele tempo ele tinha esperado por aquele momento...

Mas não vos posso dizer o que era: VOCÊS NÃO FAZEM PARTE DOS BREEDERS!!!!

Não há noite tão longa que não encontre o dia

Senhora da Hora, 6 e 17 da manhã, deito-me mas não consigo adormecer, fecho os olhos mas só consigo fixar a claridade... e esta música... e esta música que não me larga tomando conta dos meus pensamentos, da minha frágil existência neste momento como se propriedade dela fosse... Sai! Não te quero ouvir! Sei a tua letra de cor mas não consigo entender o que me transmites com essa batida ritmada... Pára! Deixa-me descansar para que amanhã retomemos a luta, deves-me isso, fui eu que te escolhi a meio desta noite... e agora estás em todo o lado! Levanto-me para molhar o rosto cansado e saltas do espelho, não te consigo vencer. Não me interessa o que se passa lá fora, para mim a noite acaba aqui, vou-te expulsar, vou gritar num silêncio desconcertante e adormecer de tanto tentar. Nos meus sonhos farei com que te tornes num murmúrio impercéptivel, farei com que o vento te leve para bem longe, porque nos meus sonhos eu tenho o controlo, nada físico me transcende... Mas tu existes...
Senhora da Hora, 6 e 43 da manhã.
How can it feel, this moment?

quarta-feira, março 23, 2005

Diminutivos inter-relacionais

Hoje sorrio. Perdi todo e qualquer talento que alguma vez tive para a escrita, mesmo sabendo que nunca o tive. Há dias assim. Dias em que um quadro mais parece uma velha lembrança, colocada por cima de um móvel num canto esquecido, que nem sequer sabias que existia. E é nesse momento que reparas realmente na pintura: uma enorme onda que parece comer a costa e engolir um homem que está calmamente sentado a admirar o cenário, no seu perfil. Nesse momento reparas em algo mais transcendente a todo o quadro e tens a certeza que o pintor concentrou todo o seu esforço de produção para aquilo que estás a olhar: o sorriso do homem. Não é um sorriso muito aberto, nem sequer é muito fechado. É simplesmente um sorriso. Simplemente, não por ser simplicidade, mas por transmitir um sentimento de serenidade tremendo. Vês uma onda que parece uma garra, totalmente ameaçadora, e observas a perfeita antítese: um homem com o seu destino traçado a olhar sorridentemente para aquilo que vai ditar o seu fim. É esse o poder de um simples gesto que denominam de sorriso: transmite emoções. Serenidade, maturidade, alegria, simpatia, infantilidade, ironia, tudo é possivel. Até a decadência transmite. Até mesmo o desespero: Hoje sorrio. Perdi todo e qualquer talento que alguma vez tive para a escrita, mesmo sabendo que nunca o tive.
Existem dias tristes que o teu sorriso pode transformar em alegres noites.

"So believe it or not
I won´t tell you again,
listen up and listen good:
there´s always time for you my friend"

segunda-feira, março 21, 2005

"Não posso estar em parte alguma...a minha pátria é onde não estou"

Tu que lutas desalmadamente para negar aquilo que sentes
mesmo quando tudo aquilo que tu sentes é a seda e o veludo,
o veludo que é esse amor disfarçado desse ódio que é tudo.

Os que dizem que o nosso lar é onde está o coração,
sabem que o coração não pode ser lar, tal como eu não sou teu,
tal como tu és de sal, tal como o teu amor não é meu.

Sei que não conheço o cheiro a veludo, nem o sabor do sal
Sei que a seda costuma ser pura, terna e fatal.

21 de Março - Dia Mundial da Poesia

domingo, março 20, 2005

the next best thing

I was a lonely teenage bronkin buck
with a pink carnation and a pick up truck
but I knew I was out of luck,
the day, the music, died.
I started singin...

Perdido no tempo

É incrivel a capacidade do ser humano em absorver momentos e guarda-los para a vida inteira, esperando apenas um sinal, ou a exaltação de um sentido, para transpirar de dentro de nós. Um cheiro, uma música, uma estrada ou até mesmo um simples gesto conseguem-nos trazer recordações.
Boas, más, importantes, banais, enigmáticas ou desprovidas de sentido, todas estas manifestações transportam-nos para um outro lugar, provando que a memória humana não é manipulável e a responsabilização nula porque somos constantemente bombardeados pelo passado e nada nem ninguém o consegue impedir.
Recordar é viver? Indubitavelmente, mas concerteza que viver também é recordar...
Este post veio a propósito de uma música que encontrei perdida num cd esquecido, que me fez recordar os bons momentos que passei com o Semáforo, o Ervas e o Rio Tinto durante o Euro2004... Aquela vitória contra a Espanha foi monumental! O que se seguiu então foi... memorável!
Já agora, Rio Tinto, mesmo sendo o teu aniversário e Portugal ter ganho, acredita, não podes entrar com a minha carrinha num sentido proibido, vai por mim!

sábado, março 19, 2005

o planeta parou

quando percebi que nada que existe é destruido mas se transforma, compreendi que tudo o que é conhecido são diferentes interpretações de coisas iguais e que a diferença está apenas na coesão entre as coisas. quebrar é apenas uma questão de recomeçar, mesmo quando apetece fazer tudo igual outra vez e se sente pena de as ligações entre as coisas nunca mais voltarem a ser simétricas. e por vezes há coisas que têm mesmo que quebrar as suas ligações porque é necessário aperfeiçoar, uma e outra e sempre mais..

Viagens



Mais um dia que acaba
e a cidade parece dormir,
da janela vejo a luz que bate no chão
e penso em te possuir.
Noite após noite,
há já muito tempo,
saio sem saber para onde vou
(...)
Leva-me contigo,
mostra-me onde estás,
é que o pior castigo
é viver assim, sem luz nem paz,
sozinho com o peso do caminho
que se fez para trás...
(...)
Os bares estão fechados já não há onde beber,
este silêncio escuro não me deixa adormecer.
Loucas são as noites, que passo sem dormir,
loucas são as noites...

O Homem criou o blog...

...e viu que tudo era bom.
Mas...
Se eu te tocar vou sentir a tua força? Não, não falo do físico, transcende isso, pensa para além do que já te mostramos... Não percebes ainda pois não? A pessoa mais importante és tu e o que levas daqui não é mais que um punhado de boas recordações... Faz com que sejam boas, torna-as eternas dentro de ti.

Para todos, onde quer que estejam, lembrem-se, a luz ao fundo do túnel podem ser vocês.
Boa noite.

Erguemo-nos onde caimos

Nova Mensagem...........

Isto é simplesmente aquilo que pode ser chamado de "O principio do fim"... Será que nos tornamos escravos de uma liberdade que muitos rejeitam, não nos deixando mesmo respirar?Seja como for, quem vier a este espaço não tente interpretar o papel de Deus...esse papel cabe-nos a nós e a todas as palavras aqui escritas. Para/Por mim, isto não será MAIS um ciclo. Por/Para mim isto é o desmoronar, o desencadear de um processo internamente irreversível. O despoltar de um fogo sibérico que me sai dos olhos.
Queria saber se fui eu o causador de algum choro teu, ou pelo menos se, quando passas por uma fase má, pensas em mim...queria ser aquele poeta embriagado em morte que tu sonhavas ser...mas não sou poeta.
Breeders?Ok...Anteriormente tinhamos criado algo...talvez um mito...não...indubitávelmente uma lenda, em que ninguêm acreditou mas ninguêm duvidou do seu poder. Desta vez tentarei assassinar qualquer teoria, especulação ou hipotese por mim proposta, porque estou farto...e quero estar numa perfeita desintonia comigo mesmo.
É notável a falta de imaginação com que fui abençado. É crónico este ódio que nunca tive por mim. É fútil a maneira como planeio as minhas acções. As palavras em que eu penso, já as gastei anteriormente. Os pensamentos que eu processo, sinceramente, são os pensamentos mais simplistas que voçes imaginam! A minha mente, realmente, não é assim tão ilógica. Os meus olhos, afinal, não são assim tão necrófagos e tu, então, deixas de ser o meu zombie preferido.
Bem, deixei-me de dar pistas. Deixei-me de tentar ser o salvador mesmo quando sei que os meus olhos vêem tudo perdido. Ah...eu não morro. Vejo tudo a arder à minha volta e eu não morro. E se morrer?Antes de morrer irei escrever um poema sobre a sensação de morrer, sobre os 10 segundos finais que antecedem a queda de um anjo/a queda de um homem/a queda de um mundo. Sobre uma canção que eu, infelizmente, nunca escrevi e à qual daria o nome de uma flor...Orquidia Fantasma...E mais uma vez estou eu a dar pistas...mais uma vez.

Próximo!

2º Capítulo

Escreve-se a partir de agora uma nova página de história no universo breeder, o preto deu lugar ao branco, as trevas transformaram-se na luz e eis que surge o Extremos Opostos, um novo conceito tendo por base as mesmas ideias de um grupo tão diferente e ao mesmo tempo tão igual... daí os extremos... opostos por sinal.
Quem não nos conhece pode ir aqui e ver o que já passou...
Partilhem conosco as vossas ideias, é tão fácil deixar um comentário (anónimo para quem não tem registo no Blogger) que chega a ser estúpida a displicência com que deixamos insultarem-nos!

Breeders, 'cause we're only here for reproduction